O Procuradora-Geral da República, Rodrigo Janot se manifestou contrário ao fatiamento das apurações da Operação Lava Jato logo no iníc...
O Procuradora-Geral da República, Rodrigo Janot se manifestou contrário
ao fatiamento das apurações da Operação Lava Jato logo no início do julgamento
que pode decidir o destino das investigações.
Janot defendeu que não se trata de investigação de "empresas nem
delações premiadas", mas de uma "enorme organização criminosa que se
espalhou pelos braços do serviço público".
Durante o julgamento, os ministros começaram a discutir o uma questão de
ordem do ministro Dias Toffoli sobre os rumos das investigações de provas
contra a senadora Gleisi Hoffmann (PTPR) que alegam não terem ligação direta
com o esquema de corrupção da Petrobras.
O julgamento avança sobre o entendimento do STF deve fixar se o ministro
Teori Zavascki e o juiz do Paraná Sérgio Moro, que comandam as investigações da
Lava Jato, são ou não competentes para analisar casos ligados à operação que
não têm relação direta com os desvios na estatal.
Segundo Janot, "Existe uma operação de mesma maneira, mesmos
atores, mesmos operadores econômicos, que atuaram no fato empresa Consist e no
fato empresa Petrobras. Não estamos investigando empresas nem delações, mas uma
enorme organização criminosa que se espraiou para braços do setor
público", defendeu.
Janot argumenta que as provas contra Gleisi Hoffmann estão interligadas
à Operação Lava Jato. "Existem dois operadores que conversavam
simultaneamente sobre um modus operandi idêntico na distribuição e obtenção
ilícita de um lado e de outro. A eventual determinação do local da pratica de
ilícito o fato de empresa ter sede em são Paulo tem que ser levado em conta é
que a lavagem de dinheiro ocorria através dois escritório de advocacia em
Curitiba", disse.
A ameaça do fatiamento da operação preocupa os membros da Força-Tarefa.
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima já afirmou que a divisão pode
significar "o fim da Lava Jato tal qual conhecemos". De fato,
investigadores suspeitam que a decisão do STF esteja sofrendo influência do
governo, do PT e outros partidos e políticos investigado.
Toffoli quer fatiar a investigação.
O debate se desencadeou logo após Sergio Moro ter enviado ao STF provas
contra a senadora Gleisi Hoffmann nos desvios do Fundo Consist. Como os fatos
teriam ocorrido em São Paulo, Toffoli defende que o processo seja enviado à
Justiça paulista, ficando no Supremo apenas a parte da investigação que trata
da senadora.
O fundo Consist era operado por uma empresa que teria atuado no desvio
de recursos de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento, então comandado pelo marido de Gleisi, Paulo Bernardo. Segundo a Procuradoria, o caso
tem relação com a Lava Jato porque o dinheiro envolvendo o fundo passou por
contas do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, que teria se misturado com o
esquema da Petrobras.
Por uma simples questão de confiança, o povo torcia para que a Operação Lava Jato continuasse sob a responsabilidade exclusiva do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Força-Tarefa de Curitiba.
Por uma simples questão de confiança, o povo torcia para que a Operação Lava Jato continuasse sob a responsabilidade exclusiva do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Força-Tarefa de Curitiba.
@muylaerte