Logo após anunciar seu rompimento com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passou horas trancado em seu gabine...
Logo após anunciar seu rompimento com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passou horas trancado em seu gabinete. Governistas especulavam sobre um possível arrependimento por parte de Cunha.
Mas a esperança durou pouco. Assim que retornou à Câmara, autorizou a criação de quatro comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Entre elas, a temida CPI do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que irá investigar empréstimos da instituição, incluindo operações com a Friboi, a Oi e as empresas de Eike Batista. Deverão ainda ser esclarecidos financiamentos no exterior, como em Cuba, Angola e Venezuela.
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A outra CPI que contraria os interesses do governo vai apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão das estatais. Os dois requerimentos de criação de CPI estavam atrás na lista de espera de instalação. A do BNDES estava em sétimo na lista, e a dos fundos de pensão, em oitavo. Apenas cinco comissões podem funcionar ao mesmo tempo.
Se Eduardo Cunha vai durar ou não na presidência da Câmara, não importa. O importante é que as duas CPI's prosperem. Como sempre, por mais que as tropas do governo tentem obstruir, algo de podre sempre vem à tona. No caso de uma CPI do BNDES, as chances de surgirem revelações bombásticas são enormes.
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@muylaerte