Lula e Dilma por trás dos negócios da JBS/Friboi com a Venezuela

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello esteve no Brasil em junho para ampliar os negócios de seu país com...

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello esteve no Brasil em junho para ampliar os negócios de seu país com a JBS/Friboi com aval de Lula e Dilma.

Em sua visita de quatro dias, Cabello  reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Na mesma noite, jantou com a família Batista e dedicou os outros três dias de sua visita a conhecer algumas unidades do frigorífico brasileiro.

A visita de Cabello ao Brasil revela um pouco sobre a relação de codependência que surge entre a JBS e o governo da Venezuela. Enquanto por um lado a JBS enfrenta dificuldades em vários mercados, o governo venezuelano encontra dificuldades em honrar compromissos com outros fornecedores e possui US$ 28 bilhões em faturas não pagas a empresas privadas.

A JBS/Friboi segue na contramão do mercado. Apenas neste ano, a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e o frigorífico Marfrig deixaram de exportar para o país vizinho em meio ao crescente risco de crédito. 

A JBS fechou em abril um contrato de US$ 2,1 bilhões com o governo de Nicalas Maduro, tornando-se a responsável por quase metade da carne bovina e um quarto do frango consumido por 28 milhões de venezuelanos. 

Carne superfaturada. Um frigorífico venezuelano que vende carne de vacas criadas localmente a um supermercado privado recebe apenas 16 por cento do preço pago pelo governo à JBS pela mesma carne brasileira, segundo Franz Rivas, diretor-executivo da Associação Venezuelana de Frigoríficos (Asofrigo).

Resta saber se o governo brasileiro ofereceu alguma garantia sobre o contrato ou ainda se Lula e Dilma obtiveram alguma vantagem na intermediação dos negócios.

@muylaerte

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