Talvez alguns ainda não se deram conta, mas o juiz federal Sérgio Moro deflagrou a Operação Passe Livre justamente um dia após ter confe...
Talvez alguns ainda não se deram conta, mas o juiz federal Sérgio Moro deflagrou a Operação Passe Livre justamente um dia após ter confessado seu descontentamento com as instituições e o comportamento da justiça perante as descobertas dos esquemas de corrupção no Brasil, revelados pela Operação Lava Jato.
Moro afirmou que a Operação que lidera estava se tornando “uma voz pregando no deserto”, durante sua participação do Fórum Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) de Revistas 2015, em São Paulo.
Demonstrando desapontamento, Moro lembrou que a Lava Jato, que ainda está em andamento, mostrou “indícios de corrupção sistêmica, profunda e penetrante no âmbito da administração pública” do país e, apesar disso, de acordo com Sérgio Moro, não houve respostas "institucionais" diante da insatisfação popular contra a corrupção, avaliou decepcionado.
O magistrado expôs com bastante clareza sua indignação com a impunidade em outro momento: “No caso da Petrobras, por exemplo, há indícios que todos os grandes contratos envolviam o pagamento de propina. O nível de deterioração da coisa pública é extremamente preocupante”, disse. “A quantidade de pessoas nas ruas revelou insatisfação e não tivemos respostas institucionais mais relevantes”, reclamou.
Seu desabafo pode ter sido um aviso do que estava por vir. A prisão do amigo de Lula, José Carlos Bumlai pode gerar consequências inesperadas pelas instituições e complicar a vida do ex-presidente de forma irreversível. Moro está disposto a desvendar um mistério bastante comprometedor: o magistrado agora quer saber onde Bumlai enfiou os quase R$ 500 milhões que pegou no BNDES.
@muylaerte
Seu desabafo pode ter sido um aviso do que estava por vir. A prisão do amigo de Lula, José Carlos Bumlai pode gerar consequências inesperadas pelas instituições e complicar a vida do ex-presidente de forma irreversível. Moro está disposto a desvendar um mistério bastante comprometedor: o magistrado agora quer saber onde Bumlai enfiou os quase R$ 500 milhões que pegou no BNDES.
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