A declaração bancária suspeita de Lula motivou o órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda a apurar detalhes sobre a mo...
A declaração bancária suspeita de Lula motivou o órgão de
inteligência financeira do Ministério da Fazenda a apurar detalhes sobre a movimentação
financeira da microempresa do ex-presidente.
Segundo relatório do Coaf, a diferença entre o valor declarado ao
Banco do Brasil como renda mensal do ex-presidente Lula e os altos valores
recebidos pela sua pequena empresa de palestras foi o motivo das comunicações
sobre Lula feitas pela instituição bancária ao Coaf.
O relatório do órgão de inteligência explica que a microempresa do ex-presidente possui
conta bancária desde março de 2011, na agência do Banco do Brasil do bairro
Ipiranga, em São Paulo.
Nos controles internos do banco, Lula declarou, na qualidade de
sócio majoritário da LILS, com 98% das ações, uma renda mensal de apenas R$
3.753,00, aponta relatório do Coaf. A discrepância apontada no documento é que
a pequena empresa de Lula declarou como faturamento quase cem vezes maior que a
renda declarada, de R$ 2,9 milhões. Já
os valores movimentados na conta corrente do BB foram 720 vezes superior à
renda declarada por Lula.
Apenas no período compreendido entre abril de 2011 e maio de 2015,
a empresa de Lula recebeu R$ 27 milhões. Os maiores depositantes foram empresas
investigadas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Camargo
Corrêa.
Para o Coaf, a movimentação financeira de Lula foi considerada "incompatível com o patrimônio, a atividade econômica e a capacidade financeira do cliente", situação prevista em carta-circular do Banco Central.
@muylaerte