Na foto acima, Andrés Sanchez, Lula, sua esposa Marisa e Emilio Odebrecht. Além dos R$ 2.5 milhões que recebeu do escritório que ...
Além dos R$ 2.5 milhões que recebeu do escritório que comprou medidas provisórias do pai, o filho caçula do
ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, recebeu pelo menos R$ 400 mil
do Corinthians durante período de contratação e execução das obras do estádio
do clube, realizadas pela Odebrecht. Os valores são referentes a serviços
prestados em um período que começou na gestão de Andrés Sanchez.
Sanchez já se declarou eternamente grato ao presidente Lula por seu papel
decisivo na construção da Arena Corinthians, ou Itaquerão. Não seria nenhum absurdo supor que mais
uma vez o ex-presidente tenha praticado crime de tráfico de influência para
favorecer o caçula.
Em entrevista recente, o ex-presidente do Corinthians admitiu que o
estádio se livrou de preços absurdos por causa de boas negociações com Lula, mas
evitou dar maiores detalhes.
"Eu não posso falar (quem quis superfaturar) Vocês escreveram, vocês
riram, vocês falaram. Os dutos da Petrobras custam de R$ 60 a R$ 100 milhões.
Custou R$ 8,8 milhões. Infelizmente faz parte da hipocresia deste país",
respondeu, sobre quem teria tentado ganhar em cima da arena.
“Então, um dia, essa história toda vai
ser contada e eu espero que não esteja nem eu nem ele aqui“ comentou em seguida.
Mas Sanchez relata em seu livro “O Mais Louco do Bando”, outra
importante circunstância em que Lula intercedeu a favor da construção do
estádio.
No relato de Sanchez, aparece mais um emblemático amigo de Lula. Alexandrino
Alencar, preso em junho durante a fase Erga Omnes da Lava Jato e libertado no
último dia 16 por ordem do Supremo Tribunal Federal. Alexandrino viajou com
Lula a diversos países a serviço da Odebrecht.
Acompanhe o trecho do livro de Andrés Sanchez:
“Alexandrino pediu que fosse até seu escritório,
no Eldorado Business Tower, em São Paulo: tinha algo a dizer que podia ser de
interesse para o Corinthians, mas não poderia falar ao telefone. Horas depois
eu já estava no bairro de Pinheiros. O escritório de Alexandrino ficava no 32º
andar da torre, com vista para a marginal Pinheiros. Rodeado de cristais transparentes,
com a sensação de estar suspenso no ar, tive uma pequena vertigem, mal olhava
para fora. Mas a vertigem maior estava por vir. Com seu usual tom ameno, amistoso,
Alexandrino contou de uma viagem que tinha feito a Brasília, acompanhando
Emilio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa. Na
reunião, a construtora tratava com o presidente Lula de assuntos do setor
petroquímico. À saída, Lula, despedindo-se de Odebrecht e Alexandrino, mudou de
assunto:
– Bem que vocês podiam dar uma mão pra
esse
garoto, presidente do Corinthians,
ajudando a fazer o estádio,
hein? Sugeriu Lula a Emilio Odebrecht e
Alexandrino Alencar.
Agora já não se sabe mais se Lula favoreceu a Odebrecht como forma de
demonstrar sua gratidão por ter feito o estádio de seu time, ou se André Sanchez contratou
o filho de Lula para agradecer seu empenho na construção do estádio ou se essa
gente costuma mesmo é levar vantagens em tudo que se envolvem.
@muylaerte