A operação Lava Jato está aniquilando não apenas a organização criminosa que se apoderou do Estado, mas também ofuscando o sistema polí...
A operação Lava Jato está aniquilando não apenas a organização criminosa
que se apoderou do Estado, mas também ofuscando o sistema político vigente como
um todo. Este é um fato que pode ser facilmente constatado diante da reticência
da maioria das lideranças sobre os métodos adotados pela força tarefa para
trazer à tona o odor que emana dos bastidores da política nacional.
Resguardadas as proporções, praticamente todos os políticos parecem temer
que a operação liderada pelo juiz federal Sérgio Moro resulte numa nova cultura
investigativa. Notem que praticamente nenhuma liderança defende abertamente, e sem
ressalvas, a totalidade das iniciativas do magistrado. A timidez destas lideranças indica que
há um temor de que esta cultura possa interferir nas regras do jogo, dificultando
algumas manobras até então toleradas pela sociedade.
De fato, nem mesmo a grande mídia consegue expressar o entusiasmo do povo com a crescente perspectiva de justiça. Sob vários aspectos, a Operação Lava Jato pode significar o
banimento de velhas práticas jurídicas, a perpetuação da impunidade e o estabelecimento de novos paradigmas.
Na medida em que se revela o comprometimento de nomes importantes como Lula, Dilma, Collor, Renan, Cunha e companhia,
a situação se agrava. O comprometimento dos políticos contamina a reputação
daqueles com os quais mantém ou mantiveram relações estreitas no passado.
Na outra ponta, a revelação da face dos corruptos como familiares e amigos de Lula compromete também a reputação de artistas como Chico Buarque, Jô Soares, Camila Pitanga e outras centenas de artistas, jornalistas, atletas e pessoas públicas que sempre defenderam o PT em troca de favores e financiamentos.
No caso de Camila Pitanga, a Polícia Federal (PF) afirmou que a 11ª fase da Operação Lava Jato investiga indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa Econômica Federal (CEF). Os valores pagos à musa dos juros baixos recebem o status de informação "estratégica".
A madrasta de Camila Pitanga também está sob suspeita. Semana passada, pedido de quebra do sigilo bancário e fiscal, além do bloqueio dos bens da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), até que seja ressarcido o valor de R$ 32.094.569,03. Segundo a denúncia do MPRJ, as irregularidades foram detectadas na execução dos projetos sociais de Benedita da Silva.
No caso de Camila Pitanga, a Polícia Federal (PF) afirmou que a 11ª fase da Operação Lava Jato investiga indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa Econômica Federal (CEF). Os valores pagos à musa dos juros baixos recebem o status de informação "estratégica".
A madrasta de Camila Pitanga também está sob suspeita. Semana passada, pedido de quebra do sigilo bancário e fiscal, além do bloqueio dos bens da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), até que seja ressarcido o valor de R$ 32.094.569,03. Segundo a denúncia do MPRJ, as irregularidades foram detectadas na execução dos projetos sociais de Benedita da Silva.
De fato, toda a classe política estranha a atual atmosfera do país. Os
ventos que sopram de Curitiba estão asfixiando mais gente do que se imagina.
Líderes que embora não tenham sido coniventes com práticas condenáveis podem
ser arrastados para a vala comum dos corruptos por terem sido tolerantes ou
negligentes em relação à origem dos recursos de campanha e outras práticas
condenáveis de seus aliados ou padrinhos políticos.
Sob este aspecto, a Operação Lava Jato pode sim, através do estigma,
favorecer a extinção de toda uma geração de políticos em poucos anos e
significar a luz no fim do túnel para o Brasil.
"Tudo que vem, vem com algum propósito. Assim como que tudo vai, vai
por alguma razão. E o que fica é essencial"
@muylaerte