Aplicativo do governo pode representar uma ameaça à democracia Aquilo que o governo Dilma tenta vender como um instrumento de defesa do...
Aplicativo do governo pode representar uma ameaça à democracia Aquilo
que o governo Dilma tenta vender como um instrumento de defesa dos direitos
humanos pode ser usado como ferramenta de intimidação e cerceamento da
liberdade de expressão nas redes sociais.
Curiosamente, a iniciativa parece ter sido turbinada após a página
da atriz Taís Araújo no Facebook ter sido alvo de diversos ataques racistas nos
últimos dias. Os comentários foram feitos a partir de perfis falsos já deletados.
O aplicativo foi encomendado pelo Ministério das Mulheres,
Igualdade Racial e Direitos Humanos e desenvolvido por um simpatizante do PT, o
professor Fábio Malini do Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
O aplicativo foi batizado com o sugestivo nome de "Monitor de
Direitos Humanos" e buscará palavras-chaves em conversas que estimulem
violência sexual contra mulheres, racismo e diferentes formas de discriminação
contra minorias. Os dados ficarão disponíveis online e ajudarão a polícia a
tipificar estes crimes.
Fábio Malini já monitorou citações ao nome de Dilma em redes
sociais durante o período eleitoral. O aplicativo representa uma ameaça à
liberdade de expressão, intimidação e até mesmo perseguição política. Qualquer
usuário das redes sociais que suspeite que o governo possa monitorar suas opiniões pode perfeitamente se
sentir intimidado diante da possibilidade de sofrer algum tipo de sanção ou
constrangimento no futuro. Na prática, o "Monitor de Direitos
Humanos" pode servir como instrumento de censura velada.
Para evitar que o governo faça uso inadequado do programa, como rastrear
críticas ao PT, Lula ou Dilma, será necessário que seja permitido o acesso ao
banco de dados onde o aplicativo irá funcionar. Caso o governo negue o acesso,
significa que a ferramenta realmente possui outros propósitos, além daquilo que
se propõe.
@muylaerte