Matéria publicada num dos principais jornais americanos, o Wall Street Journal, destaca que o governo, através de sua influência junto ...
Matéria publicada num dos principais jornais americanos, o Wall
Street Journal, destaca que o governo, através de sua influência junto a
juízes, encorajou o fatiamento da Operação Lava Jato. O objetivo da inciativa
seria o de proteger aliados e dificultar o combate à corrupção no país,
liderada pelo juiz federal Sergio Moro, o homem mais respeitado pelos
brasileiros
Tanto a presidente Rousseff quanto o ex-presidente Lula da Silva já se pronunciaram contra a investigação liderada pelo Sr Moro, que já revelou o uso de dinheiro roubado da petrolífera nas campanhas eleitorais de ambos.
Tanto a presidente Rousseff quanto o ex-presidente Lula da Silva já se pronunciaram contra a investigação liderada pelo Sr Moro, que já revelou o uso de dinheiro roubado da petrolífera nas campanhas eleitorais de ambos.
O jornal lembra que Moro é o único juiz que supervisionou o escândalo bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, além de ser o responsável pela emissão de uma série de mandados e sentenças de prisão de
vários anos contra alguns dos executivos mais poderosos do país.
A publicação faz referências à biografia do magistrado e destaca seu curso na Escola de Direito de Harvard e sua participação no programa do Departamento de Estado Americano que forma especialistas
em crimes de lavagem de dinheiro.
Segundo o jorna, o Sr. Moro presidiu vários casos de
lavagem de dinheiro e corrupção até chegar à investigação Petrobras. Ele agora
é um símbolo de esperança para os brasileiros cansados da corrupção que tem
perseguido sua nação durante séculos.
Nos últimos meses, o Sr. Moro distribuiu longas penas de prisão, algo impensável para criminosos de colarinho branco ligados ao
governo Dilma e ao ex-presidente Lula da Silva. O Sr. Moro condenou o ex-tesoureiro
do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, a 15 anos de prisão e um dos
operadores do PT, o ex-executivo da Petrobras Renato Duque a 20 anos de prisão
por sua participação no escândalo.
"Moro merece essa visibilidade", disse um promotor.
"Ele é uma pessoa que não se intimida."
Os advogados de defesa dos criminosos estão em polvorosa e contra
argumentam que o culto da personalidade do Sr. Moro é prejudicial para os seus
clientes e prejudicial para o sistema judicial do Brasil, que colocou muito
poder nas mãos de um juiz.
"Moro tornou-se uma celebridade nacional, o que é ruim para o processo",
disse o advogado de defesa Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa
duas figuras políticas brasileiros acusados de aceitar subornos como parte do
esquema de Operação Lava Jato. "O país não precisa de heróis e
vigilantes."
A investigação já resultou em mais de 100 detenções e mais de 30
condenações. Embora abrigando milhares de funcionários coniventes com o esquema
de corrupção, a Petrobras afirma que foi uma vítima do regime. Por sua parte, o
Sr. Moro prometeu continuar a lutar por um Brasil onde a corrupção não deve ser encarada como a regra do jogo.