Esta não é a primeira vez que surgem informações sobre reuniões suspeitas no instituto Lula. O ex-presidente já se reuniu com vários e...
Esta não é a primeira vez que surgem
informações sobre reuniões suspeitas no instituto Lula. O ex-presidente já se
reuniu com vários envolvidos na Operação Lava Jato em outras oportunidades,
além de várias reuniões com os advogados dos criminosos detidos na operação.
Desta vez são os amigos de Lula que
começam a ser investigados na Operação Lava Jato. A Força-tarefa avança e aos
poucos vai envolvendo o ex-presidente em uma série de situações
comprometedoras.
Por força da lei, para obter um acordo
de delação premiada, o candidato precisa oferecer dados concretos que comprovem
seu poder de cooperar com as investigações. Desde a abertura do processo em
abril de 2014, o caso da Petrobras ganhou novos delatores e"dezenas de
sub-processos", envolvendo inclusive investigações sobre a Odebrecht e
ex-funcionários. Um deles foi Eduardo Musa.
Musa já informou que chegou a ter US$
2,5 milhões no banco Cramer e também admitiu ter usado o Credit Suisse e o
Julios Baer. A Suíça confirmou a existência de US$ 400 milhões bloqueados nas
contas do país, entre eles o valor de Musa.
Outro importante delator, Fernando Soares, o Fernando Baiano, confirmou
que o ex-presidente Lula se reuniu com seu amigo intimo, o pecuarista José
Carlos Bumlai, e com João Carlos Ferraz, então presidente da Sete Brasil, para
tratar de negócios relativos à estatal e investigados pela operação. A reunião
ocorreu no Instituto Lula, o mesmo que recebeu alguns milhões em doações de
empreiteiras investigadas.
"Essa reunião (entre Lula, Bumlai e
Ferraz) foi realizada em São Paulo no final do primeiro semestre de 2011",
informou Fernando Baiano, que confirmou que o amigo de Lula, Bumlai, o
pressionou para receber R$ 3 milhões e alegou que precisava saldar a dívida
imobiliária de uma nora de Lula. Além de amigo de Lula, Bumlai é muito próximo
de Lulinha, o filho mais velho do ex-presidente.
Fernando Baiano informou ter tido uma
reunião prévia com os suspeitos de mais uma negociata envolvendo a Petrobras.
"Bumlai orientou José Carlos Ferraz sobre o que falar a Lula",
revelou Baiano. "Depois José Carlos Ferraz e Bumlai foram para a reunião
com Lula e essa reunião ocorreu no Instituto Lula", confirmou Baiano.
Ferraz e o executivo da Sete Brasil,
Eduardo Musa, confessaram em delação premiada que contratos eram referentes à
contratação de 28 navios-sonda no valor de US$ 22 bilhões. Os valores
envolveram propina de 1%. Parte abasteceu os cofres do PT, conforme assegurou o
ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco.
"Ferraz disse que a reunião com
Bumlai e Lula tinha sido muito boa", afirmou Baiano, que acrescentou que
Lula concordou em "dar mais velocidade" nos assuntos da empresa.
"Ferraz disse que Lula foi bastante amável com ele e teria assumido o
compromisso de ajudar a dar mais velocidade nos assuntos da Sete Brasil"
@muylaerte