A cotação do dólar tem sido um importante indicador do humor não apenas do mercado, mas também do povo, em relação à eventual queda da p...
A cotação do dólar tem sido um importante indicador do humor não
apenas do mercado, mas também do povo, em relação à eventual queda da
presidente Dilma Rousseff. O mercado futuro de juros voltou a dar sinais de estresse e ajustou as taxas para cima nesta terça-feira, 13, acompanhando a trajetória do dólar em meio a incertezas no cenário político.
A moeda disparou assim que o governo enviou um orçamento
deficitário ao Congresso e manteve-se estável na casa dos R$ 4 durante algumas
semanas. A primeira queda na cotação da
moeda ocorreu apenas após o revés do governo com a derrota no TCU, que rejeitou
as contas de Dilma referentes ao ano de 2014.
O dólar voltou a subir após a manobra do PT no STF para ganhar mais
tempo e adiar a abertura de um processo de impeachment. A partir de mandados de segurança
apresentados, respectivamente, pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Rubens
Pereira Junior (PCdoB) que questionavam o rito adotado por Cunha
unilateralmente, os ministros do STF Teori Zavascki e Rosa Weber deram liminares
favoráveis ao pleito.
Já é possível observar um sintoma recorrente da cotação do dólar,
da pressão do mercado sobre os juros, no humor dos investidores e da população
diante de cada vitória ou derrota do governo. Tudo parece melhorar quando se
fortalecem as perspectivas de queda de Dilma, mas na medida em que o governo
consegue adiar derrotas, o desânimo contagia o mercado, os investimentos e o
humor da população.
Estes indicadores comprovam que o Brasil tem mais chances de
superar a crise e retomar o crescimento exatamente no instante em que for
anunciada a queda de Dilma. O humor do país mudará da indignação ao alívio em
poucos segundos.
@muylaerte,