O onze de setembro de Lula pode representar o inicio de uma ruína épica. Foi exatamente neste dia que a Polícia Federal solicitou au...
O onze de setembro de Lula pode representar o inicio de uma ruína épica. Foi exatamente neste dia que a Polícia Federal solicitou autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para colher o depoimento do ex-presidente na maior investigação em curso na Corte: a Operação Lava Jato.
Embora muitos detalhes tenham passado despercebidos, o pedido vem carregado de simbolismos. A começar pela data. Desde o início da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro tem reservado os grandes eventos para as sextas-feiras. No caso de Lula, um onze de setembro, data marcada pela tragédia do World Trade Center.
De fato, a força-tarefa de Curitiba não precisava pedir autorização ao STF para convocar o ex-presidente. Lula poderia perfeitamente ser ouvido na primeira instância, pois não possui foro privilegiado. Mas uma feliz "coincidência" torna o pedido de depoimento ainda mais emblemático: por um capricho do destino, o pedido se dá em meio à um inquérito que investiga outros suspeitos que possuem foro privilegiado, daí a "necessidade" do barulho de envolver o STF.
Mas o melhor ainda está por vir. Lula finalmente será confrontado pelos fatos. Há anos, Lula só circula em ambientes "controlados" e preparados para sua visita. Figurantes são contratados para gritar seu nome.
Onde quer que vá, Lula costuma se cercar de pessoas simpáticas. Seguranças truculentos o mantém distante de qualquer inconveniente, inclusive a imprensa. Lula não dá entrevistas. Nas raras vezes que o faz, responde apenas à perguntas combinadas e formuladas por sua equipe.
Ao que tudo indica, em poucos dias Lula estará frente a frente com o juiz Sérgio Moro. Uma situação bastante desconfortável, bem longe de sua zona de conforto. Resta saber como irá se comportar um Lula acuado.
@muylaerte