Aos poucos, os crimes praticados pelo PT no governo e na Petrobras começam a ganhar contornos mais precisos. O procurador regional da R...
Aos poucos, os crimes praticados pelo PT no governo e na Petrobras começam a
ganhar contornos mais precisos. O procurador regional da República, Carlos
Fernando dos Santos Lima, afirmou nesta segunda, (21/09) que os esquemas de corrupção investigados em
estatais “são casos conexos” e foram idealizados dentro da Casa Civil durante o
primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que escalou para o
cargo o ex-ministro José Dirceu, preso e processado por corrupção e lavagem de
dinheiro.
As informações foram
divulgadas pelo procurador em entrevista coletiva sobre a 19ª fase da Operação
Lava-Jato, realizada na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Lima referia-se
ao modelo de negócios criminosos implantados pelo PT já em 2003, que
culminariam no mensalão, petrolão e o eletrolão, esquema de propinas no âmbito
da Eletronuclear e da Usina de Angra 3.
O acúmulo de suspeitas, as mais diversas, contra o ex-presidente
Lula e outros integrantes do PT já ocorre há anos. Entretanto, após
o surgimento de revelações trazidas à tona pela operação Lava
Jato, algumas suspeitas que sempre pairaram sobre Lula começam a se dissipar. A PF já solicitou ao STF autorização para ouvir Lula e mais de uma dezena de políticos.
Na lista encaminhada pela Polícia Federal ao STF, constam os nomes do ex-ministro de Cidades Aguinaldo Ribeiro (2012-2014), o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/2003-2006, e Casa Civil/2011), o senador Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia (2008-2010 e 2011-2015), o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho (2011-2015), a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil (2011-2014), a ex-ministra Ideli Salvatti, ex-ministra das Relações Institucionais (2011-2014), o ex-ministro de Cidades Mário Negromonte (2011-2012), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (2003-2005), o ex-ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo (2005-2011), além de suspeitas que pairam sobre Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Erenice Guerra, ex-Casa Civil e Edinho Silva, da Comunicação Social.
Até o momento, 41 pessoas já foram condenadas na Operação Lava Jato. A Força-tarefa de Curitiba agrega a cada dia novos documentos, depoimentos e dados. As revelações dos novos delatores prometem acrescentar outros detalhes sobre a atuação dos citados. A defesa de Lula e dos demais investigados é frágil, inconsistente e deixa clara a ausência de justificativas minimamente coerentes.
Segundo o delegado Igor Romário de Paula, o nome dado à 19ª fase da Operação Lava Jato, “Nessun Dorma” (ninguém dorme, em italiano) já é um recado aos envolvidos em corrupção que acharam que o ritmo da Lava-Jato diminuiu. “Hoje a investigação vem trabalhando incessantemente”.
Considerando a disposição do juiz federal Sérgio Moro e de sua equipe, é certo que cedo ou tarde, a maioria dos citados citados nas investigações sejam condenados. Inclusive Lula.
@muylaerte