O juiz Sérgio Moro prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que admit...
O juiz Sérgio Moro prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que admitiu entre outras coisas ter recebido uma espécie de mesada de R$ 30 mil do operador Milton Pascowitch, preso na 13ª fase da Operação Lava Jato.
De acordo com membros do Ministério Público Federal, as provas como quebras dos sigilos bancário que embasaram a prisão de Milton Pascowitch mostram uma “vasta gama de gravíssimos delitos"
Nas contas de Pascowitch, entrava dinheiro das empreiteiras do petrolão – e, uma vez lavado numa empresa de fachada, saía para gente do PT, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e até para a máquina de propaganda do partido na internet.
O irmão de Dirceu, Luiz Eduardo, confirmou em depoimento uma série de repasses feitos por empreiteiras ao irmão, através de empresas de fachada. Entre os documentos apreendidos pela PF com o irmão de Dirceu, foram encontradas diversas anotações e emails que ainda passarão por análises.
Nas anotações divulgadas no site O Globo, constam nomes de várias empreiteiras do cartel, como Odebrecht, OAS e UTC, projetos no Brasil e no exterior e citações, ainda não decifradas pelos investigadores, como “depósito avião (Lula)” e “Sig - Jantar (ou pautar) Sumaré com o Ministro DTófoli – Tito”.
Luiz Eduardo não soube explicar a menção ao nome de Lula, mas contou que foi procurado pelo ex-deputado Sigmaringa Seixas (PSOL-RJ) para intermediar um encontro com o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Toffoli. Luiz Eduardo também não forneceu maiores detalhes sobre o arranjo com o ministro do STF.
Esta não é a primeira vez que o nome de Lula aparece nas investigações da Operação Lava Jato. A mais recente surgiu em anotações encontradas no Smartphone de Marcelo Odebrecht.