Atendendo a requerimento, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante compareceu à Comissão de Minas e Energia da Câmara e fez um ...
Atendendo a requerimento, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante compareceu à Comissão de Minas e Energia da Câmara e fez um longo discurso sobre a crise econômica no país. Assim como a presidente Dilma Rousseff, Mercadante também tentou responsabilizar a Lava-Jato por parte da queda do PIB neste ano, mas logo em seguida começou a demonstrar maior lucidez.
Mais humilde, o ministro admitiu que o governo cometeu erros que ajudaram a aprofundar a crise e pediu apoio da oposição para o que chamou de responsabilidade fiscal.
Mercadante fez elogios rasgados ao PSDB e admitiu pela que a gestão dos tucanos foi marcada pelo controle da inflação. Admitindo que o governo está completamente perdido, pediu um apoio suprapartidário para questões que envolvem política de estado.
- Vivemos um momento politizado, com erros que cometemos, e se comete quando se governa, admitiu.
- Vocês têm experiências importantes na administração de estados e do Brasil e precisamos ter pactos de política de estado que vão além do governo, confessou em um apelo dramático, quando se dirigiu ao presidente da Comissão de Minas e Energia, Rodrigo de Castro (PSDB-MG).
- Existem questões de responsabilidade fiscal, como controle da inflação que vocês fizeram e foi importante para o país. Tem que ter um acordo suprapartidário - suplicou, deixando claro que o governo não teve capacidade de conter a inflação.
Mercadante prosseguiu elogiando a oposição e o papel dela como fiscalizadora.
- Eu senti uma oposição fiscalizando, cobrando, exigindo, mas muito elegante no debate, tratando de políticas públicas, e fiz questão de tratar com a mesma elegância, reconhecendo a importância histórica que eles (o PSDB) tiveram no governo do país, especialmente na contribuição da estabilidade econômica do país, e que esse passado, esse programa, essa história, não pode se transformar agora nesse debate de simplesmente de confrontação, de intransigência e de radicalização. o Brasil precisa de bom-senso, de equilíbrio, de estabilidade, admitiu humildemente.
O autor do requerimento que convidou Mercadante a comparecer, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), agradeceu a presença do ministro, mas lembrou que em junho, quando se discutia na comissão a convocação do ministro, os líderes do PT, Sibá Machado (AC), e do governo, José Guimarães (PT-CE), se manifestaram contra sua presença e esforçaram para evitar que ele comparecesse.
Pelo visto, o Lulopetismo está morrendo. Após a prisão de José Dirceu, está se tornando cada dia mais difícil encontrar um petista de raiz, daqueles que insistem em negar a realidade e não conseguem admitir o êxito de seus rivais.
@muylaerte