O presidente do Grupo Odebreacht S.A, Marcelo Odebrecht, teve mais um pedido de habeas corpus negado pela justiça. No despacho, o desemba...
O presidente do Grupo Odebreacht S.A, Marcelo Odebrecht, teve mais um pedido de habeas corpus negado pela justiça. No despacho, o desembargador João Pedro Gebran Neto foi bastante didático ao manter "na íntegra a decisão de primeiro grau":
"A reiteração das condutas delituosas demonstra não só a indiferença do paciente perante o direito, mas também revela maior risco à ordem pública e à necessidade de cessar a atividade criminosa".
O desembargador complementa o argumento, defendendo a manutenção da prisão preventiva bilionário, que ao contrário de uma prisão temporária, não possui prazo determinado para se encerrar.
"Presentes os pressupostos para decretação da prisão preventiva, seja por força do risco à instrução processual, dada a existência de indicativos que o paciente pretendeu destruir provas, seja à ordem pública, ante a reiterada e multiplicidade de condutas ilícitas praticadas por meio de pessoas jurídicas, as quais até hoje mantém contratos com a administração pública, atuando de modo organizado e cooperado para fraudar licitações, aferir ganhos extraordinários, bem como risco à ordem econômica".
O desembargador vai além e considera "desnecessário gastar tinta, porquanto basta abrir qualquer jornal para verificar os prejuízos causados à Petrobrás, à economia nacional e as severas consequências internacionais que a empresa e o Estado estão na iminência de sofrer."
Contrariando os interesses do PT, que por diversas vezes questionou a prisão do empreiteiro, Marcelo Odebrecht segue preso.
@muylaerte