É pouco provável que o ex-presidente Lula tenha algo a declarar, após as revelações comprovadas pela revista Época sobre o seu protagon...
É pouco provável que o
ex-presidente Lula tenha algo a declarar, após as revelações comprovadas pela
revista Época sobre o seu protagonismo em favor da Odebrecht em Cuba. Para a
decepção de seus admiradores, Lula manterá o cinismo que tem lhe caracterizado
desde o surgimento do escândalo do mensalão.
Na
ocasião, Lula afirmou aqui no Brasil que o escândalo era uma
"invenção" da oposição, mas no exterior, admitiu os desvios,
destacando que os autores (José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares) não eram
pessoas próximas à ele, tampouco gente de sua confiança. Lula abandona publicamente todos os seus amigos que caíram em desgraça.
Desde
então, o cinismo passou a ser a principal marca de Lula, que àquela altura, já
convivia intensamente com os esquemas de desvios na Petrobras e o favorecimento
de um cartel de empreiteiras que posteriormente o premiariam com milhões de
reais concedidos à titulo de palestras contratadas.
Aquele
que se dizia um homem de origem humilde manteve o cinismo, mesmo após o Coaf
revelar que faturou R$ 27 milhões das empreiteiras investigadas na operação Lava
Jato. Lula tornou-se um milionário num curtíssimo espaço de tempo, após deixar
a presidência da república.
A matéria
da Revista Época desta semana deixa claro o papel do ex-presidente nos
bastidores do fantástico crescimento da Odebrecht. Lula está há mais de
dez anos à serviço da empreiteira. No ano passado, por exemplo, Lula e
executivos da Odebrecht ajudaram o governo de Cuba a imaginar novas formas de
obter mais financiamentos do BNDES. As informações são comprovadas por
relatório da diplomacia brasileira naquele país.
Lula e os
executivos da Odebrecht buscavam formas de contornar dificuldades na liberação
de recursos. Um dos objetivos da transação era obter nafta de Cuba para a Brasken, da
Odebrecht, com dinheiro do BNDES.
Embora as
revelações da matéria do jornalista Diego Escosteguy sejam bastante
comprometedoras, Lula não é homem suficiente para vir à publico assumir que
usou o cargo e a influência para desviar o dinheiro do povo, via BNDES, para
favorecer a Odebrecht.
@muylaerte