Durante a sabatina na a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou sua recondução ao cargo de procurador-geral da R...
Durante a sabatina na a Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou sua recondução ao cargo
de procurador-geral da República, Rodrigo Janot deu duras estocadas na
presidente Dilma Rousseff quando rebateu a declaração pública da presidente,
quando esta afirmou "não respeito delator".
Na
ocasião, o relator da comissão Ricardo Ferraço abordou o tema do instituto
da delação premiada, ao qual Janot destacou a importância do instrumento
para a justiça moderna, demonstrando ser o instituto apenas mais um recurso
disponível ao réu que queira ajudar a esclarecer a os atos criminosos que teve
parte.
—
"Sobre a questão da colaboração premiada, existe um mal entendido no que
se refere à este instituto. este instituto nasceu no sistema anglo-saxão e já
tem aplicação no sistema continental e já existe na França, Itália, Portugal
que são sistemas jurídicos parecidos com o sistema brasileiro. E não se trata
aqui, um colaborador, ele não é um dedo-duro, ele não é um X9, ele não é
alcaguete", afirmou Janot, rebatendo duramente as insinuações de Dilma que
tentou desqualificar a colaboração dos réus da Lava Jato.
Nesta
sexta-feira em Porto Alegre, Janot participou da inauguração da nova sede da
Procuradoria da República da 4ª Região e foi novamente duro em relação à outra
afirmação feita pela presidente Dilma Rousseff, de que a Operação Lava-Jato
ajudou a derrubar o PIB.
—
"Eu li comentários de que esta operação em curso (Lava-Jato) teve impacto
negativo de 2,2% no PIB brasileiro. Não consigo entender, confesso minha
limitada inteligência, como uma investigação que apura um sistema de corrupção
pode impactar negativamente. Ao contrário, o que impactou negativamente foi
exatamente esse esquema de corrupção", observou Janot, rebatendo
publicamente a mais uma das declarações desajustadas de Dilma.
O
procurador foi além do "falso otimismo" do governo ao reconhecer que
o país vive um momento de crise aguda provocada por um “descomunal” caso de
corrupção em que pela primeira vez a Procuradoria enfrenta “corruptos e corruptores,
poder econômico e poder político no exercício do poder”.
— Isso
não é fácil — confessou.
@muylaerte.