Ainda tentando conter a onda de insatisfação popular que se agiganta em todo o país com a proximidade do dia 16/08, a presidente Dilma Ro...
Ainda tentando conter a onda de insatisfação popular que se agiganta em todo o país com a proximidade do dia 16/08, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, em discurso de formatura da turma do curso de formação do Instituto Rio Branco, que o Estado brasileiro só é respeitado no mundo "na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular".
O fato é que, aos olhos do mundo, um presidente precisa contar com o apoio da maioria da sociedade, que não é o caso de Dilma, que tem aprovação de apenas 7% da população. Na verdade, o Brasil perde o respeito do resto do mundo por sustentar no poder um governo desgastado pela corrupção e um presidente que não possui respaldo popular.
Dilma alegou ainda que " Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas. Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e político de mudanças que a sociedade escolhe sistematicamente de quatro em quatro anos".
Esta foi apenas mais uma de suas contradições, uma vez que seu alto índice de rejeição popular se deva justamente ao não cumprimento de seus compromissos econômicos, sociais e políticos feitos em sua última campanha eleitoral.
Numa democracia pressupõe-se o prevalecer da vontade da maioria. Não é o povo que deve se submeter aos caprichos de seus governos.Os anseios da sociedade não devem ser suprimidos por nenhum governante, mas estes sim devem permanecer atentos à vontade popular.
Não cabe ao chefe de Estado tentar rotular a população insatisfeita como golpistas ou estimular o ódio contra aqueles que enxergam com mais clareza suas contradições. As manifestações programadas para o dia 16/08 são movimentos democráticos.
Dilma ainda tenta sugerir que a democracia no país ainda é frágil ao afirmar que o que o Brasil viveu nos últimos anos uma "fascinante experiência de construção da democracia", mas destacou que ela é "bastante complexa e ainda inconclusa".
O fato é que a democracia já se consolidou no país justamente por já ter sido posta à prova por governos corruptos como o de Fernando Collor, deposto graças à pressão popular. Quem faz e fortalece a democracia é o povo nas ruas. Permitir que um governante se apegue ao poder de forma insofismável, contrariando a vontade popular é certamente algo que fragiliza a democracia.
@muylaerte