Gilmar Mendes vê indícios de prática de crimes em campanha de Dilma. Segundo Mendes, há "vários indicativos" de que ambos foram...
Gilmar Mendes vê indícios de prática de crimes em campanha de Dilma. Segundo Mendes, há "vários indicativos" de que ambos foram financiados por propina desviada da Petrobras.
Esta é apenas mais um frente que se abre contra a presidente Dilma Rousseff e aprofunda ainda mais a Crise do Planalto. A decisão do ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de pedir ontem investigação de suposta prática de "atos ilícitos" na campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014 impõe mais uma humilhação pública ao governo.
Gilmar Mendes determinou que as contas de Dilma e do PT sejam investigadas por suposta prática de crimes, argumentando que há "vários indicativos" de que ambos foram financiados por propina desviada da Petrobras.
A decisão de Mendes, que é relator da prestação de contas de Dilma no TSE, se deu pelo surgimento de novos fatos sobre os desvios na Petrobras. Em despacho, Mendes afirmou que cruzou dados de documentos não sigilosos da operação Lava Jato, que investiga corrupção envolvendo empresas estatais, órgãos públicos, empreiteiras e políticos, com registros de doações.
"Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos (da Lava Jato )... de que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras", afirmou no documento.
Este novo fato põe fim à expectativa do governo de "contornar" a crise que ameaça o mandato de Dilma e representa mais um constrangimento para a presidente, que reluta em admitir que sua saída seria a melhor opção para estancar a crise que afeta a economia.
Diante da falta de bom senso, a queda de braço entre Dilma e a vontade popular promete ser extenuante. Contrariando a lógica, Dilma insiste em se manter à frente do governo e prometeu recorrer da decisão de Gilmar Mendes. Seu gesto serve apenas para comprovar que as suspeitas do ministro do TSE tem fundamento.
@muylaerte