Embora não queiram admitir em português claro e de forma didática que o Brasil está prestes a mergulhar na mais grave crise econômica d...
Embora não queiram admitir em português claro e de forma didática que o Brasil está prestes a mergulhar na mais grave crise econômica dos últimos 30 anos, os políticos tem se esforçado em emitir sinais neste sentido.
O comportamento atípico do governo, que tem tentado de todas as formas buscar o apoio de governadores, opositores, além do esforço descomunal para sensibilizar o Congresso já é um importante indicador de que a situação do país é bem mais grave do que conseguem admitir;
No fia seguinte, a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) reduziu a nota de avaliação do Brasil de "BBB" para "BBB-, e justificou que a redução reflete a combinação da situação fiscal difícil no Brasil e uma piora nas contas externas.
Na sequência, o HSBC, maior banco europeu e o sétimo maior do mundo simplesmente decidiu abandonar o Brasil e vendeu seus ativos abaixo do valor de mercado ao Bradesco.
Em tom solene, o vice-presidente Michel Temer fez hoje uma declaração à imprensa "conclamando o Congresso Nacional a unificar o País diante do agravamento da crise econômica e política".
Temer reconheceu que o cenário atual é "grave", e visivelmente emocionado, disse que "é preciso pensar no País acima dos partidos, acima do governo" e que não há como "trabalhar separadamente".
"É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos e fazer este apelo e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o País"
O apelo dramático de Michel Temer foi precedido por um outro ainda mais emblemático. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante admitiu, em discurso na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que o governo cometeu erros que ajudaram a aprofundar a crise e pediu apoio ao PSDB:
- Vocês têm experiências importantes na administração de estados e do Brasil e precisamos ter pactos de política de estado que vão além do governo, confessou.
O apelo dramático de Michel Temer foi precedido por um outro ainda mais emblemático. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante admitiu, em discurso na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que o governo cometeu erros que ajudaram a aprofundar a crise e pediu apoio ao PSDB:
- Vocês têm experiências importantes na administração de estados e do Brasil e precisamos ter pactos de política de estado que vão além do governo, confessou.
Junte-se à isto as insistentes tentativas de Lula e do governo em buscar o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardos para propor um acordo de governabilidade.
O fato é que o governo irá propor medidas ainda mais duras nos próximos dias, além dos adiantados estudos sobre a venda de ativos da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A tendência é que a maior onda de insatisfação com o governo venha justamente daqueles que votaram e apoiaram a eleição de Dilma Rousseff em 2014.
O risco de uma nova onda de desempregos e falências generalizadas pode ocasionar uma convulsão social sem precedentes na história. A maioria das empresas está mais vulnerável que palha seca e o calor escaldante dos mercados com a alta do dólar e a queda das commodities pode precipitar um verdadeiro incêndio na economia.
A situação é tão grave que o governo começa a admitir que a oposição está se tornando a sua única tábua de salvação . Mas quem irá salvar o povo?
@muylaerte