Telegramas confidenciais do Departamento de Estado norte-americano revelados pelo WikiLeaks relatam que a diplomacia americana monitor...
Telegramas confidenciais do Departamento de Estado norte-americano
revelados pelo WikiLeaks relatam que a diplomacia americana monitorou os
negócios da Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em
obras espalhadas pelo mundo durante a segunda gestão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (2007-2010).
De acordo com a publicação do jornal O Estado de S.Paulo, Lula é citado
nos documentos em iniciativas para defender os interessas da Odebrecht no
exterior. Em outubro de 2008, a embaixada americana em Quito relatou pressão
imposta pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, sobre as empresas
brasileira, alegando descumprimento de contratos. Contudo, a embaixada
americana afirma que o motivo para a saída seria corrupção.
Segundo o jornal, outro alerta feito aos americanos se refere às
condições do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) para o projeto. O telegrama americano aponta que um funcionário do
Banco Central teria mostrado preocupação com relação a termos desfavoráveis nos
empréstimos à empresa.
Já em 2009, a embaixada americana no Panamá relatou a Washington que o presidente
vivia situação delicada e que um escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht
estaria prestes a eclodir. Em 2007, um relatório americano apontou para a
relação da empreiteira com políticos estrangeiros, referindo-se à viagem de
Lula para a Angola e classificando a visita como “produtiva”.
@muylaerte