Para salvar o pescoço, Lula estaria disposto a trocar sua candidatura em 2018 por acordo de proteção liderado por FHC O ex-presidente Lu...
Para salvar o pescoço, Lula estaria disposto a trocar sua candidatura em 2018 por acordo de proteção liderado por FHC
O ex-presidente Lula está disposto à tudo para conseguir o apoio de Fernando Henrique Cardoso. O desespero de Lula no momento não seria para salvar o mandato de Dilma, mas principalmente para salvar o próprio pescoço.Lula está apavorado com a possibilidade (concreta) de ir em cana e já enviou vários emissários convidando o tucano para dar um tapa no cachimbo da paz. Lula queria um encontro secreto com FHC, mas foi publicamente rechaçado pelo próprio, que publicou a seguinte resposta ao assédio ostensivo:
"O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", Respondeu FHC, repetindo a expressão que à que já havia recorrido no início do ano.
Lula não desistiu e partiu para uma abordagem mais aberta: acionou o governo. Fontes informam que até mesmo a presidente Dilma Rousseff estaria incumbida de sondar os caciques do PSDB sobre um possível acordo. Dilma inclusive liberou seus ministros para se pronunciarem publicamente em favor do encontro. O primeiro a se manifestar sobre o assunto foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que se declarou totalmente favorável ao encontro de Lula e FHC.
"Acho que isso deveria acontecer mais no Brasil: ex-presidentes conversando. Nos Estados Unidos, é a coisa mais normal do mundo ex-presidentes se reunirem, inclusive a convite do presidente em exercício. Sempre que você estabelece diálogo entre lideranças nacionais, é bom para o País", opinou Edinho, indicando claramente a disposição de Dilma em intermediar um encontro "oficial".
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, também se mostrou favorável ao encontro e acabou deixando escapar que Lula tem bem mais à oferecer do que um simples acordo para evitar o impeachment?
"A gente está num momento difícil, porque o quadro da economia mundial é difícil. É preciso serenidade, bom senso e imagino que os dois ex-presidentes têm de sobra essas qualidades. Eu aplaudiria muito se houver esse encontro, (mas) não para tratar de impeachment. O encontro de dois presidentes teria uma agenda muito superior a essa", afirmou Jaques Wagner.
Se o que Lula tem a oferece faz parte de uma agenda muito superior à do risco iminente de impeachment de Dilma, é por que a coisa está mesmo feia para o lado do cacique do PT. Coisa de índio mesmo.
Após tantas acusações e calúnias contra FHC, recorrer ao rival significa uma grande humilhação não apenas para Lula, mas para todos os petista do Brasil. O dado concreto é que, nunca na história deste país, um ex-presidente esteve tão perto de ir parar no xilindró.
@muylaerte