Antonio Palocci é suspeito de ter usado R$ 2 milhões desviados da Petrobras na campanha de Dilma Rousseff à presidência de 2010, à qual...
Antonio Palocci é suspeito de ter usado R$ 2 milhões desviados da Petrobras na campanha de Dilma Rousseff à presidência de 2010, à qual o ex-ministro foi tesoureiro. Com base nestas suspeitas, a Polícia Federal determinou a abertura de inquérito.
Com a abertura do inquérito, Palocci passa a ser considerado suspeito pelos crimes de oferecer vantagem indevida a funcionário público e lavagem de dinheiro.
O depoimento que cita Palocci foi dado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás. Ele declarou à força-tarefa da Lava Jato que foi procurado por Alberto Youssef naquele ano e que o doleiro lhe teria solicitado a quantia alegando que era uma demanda feita pessoalmente pelo ex-ministro – na ocasião, Palocci já não ocupava cargo no governo federal.
Segundo o delator, Youssef pediu R$ 2 milhões e disse que o dinheiro era para a campanha de Dilma. O ex-diretor da Petrobrás afirmou que a quantia sairia do ‘caixa do PP’ – o Partido Progressista mantinha o controle da Diretoria de Abastecimento.
A instauração do inquérito segue um pedido do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação de diversos políticos e autoridades ligadas ao governo, entre os quais está o ex-ministro e políticos como os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
Segundo o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef pediu para que fossem liberados R$ 2 milhões do caixa do Partido Progressista (PP) para a campanha de Dilma à Presidência. Costa disse que Yousssef fez o pedido em nome de Palocci. O valor, de acordo com a PGR, fazia parte da cota do PP no esquema de desvios da Petrobras, investigado na Operação Lava Jato.
Na denúncia enviada pela PGR ao STF, Rodrigo Janot lembrou que, em depoimento, Youssef negou ter conversado com Costa a respeito do dinheiro para a campanha presidencial. Caberá à Polícia Federal buscar provas de que o ex-ministro tenha cometido os crimes.
Procurado para comentar as acusações contra o cliente, o advogado de Antônio Palocci não foi localizado.