Em recado direto à Lula e aos petistas que tem manifestado insatisfação com o duro ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff defen...
Em recado direto à Lula e aos petistas que tem manifestado insatisfação com o duro ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff defendeu, em entrevista ao jornal americano Washington Post,. a adoção de medidas, por mais duras que sejam.
Dilma desmentiu Lula e outros petistas que tentam desvincular o ajuste do PT, atribuindo-o exclusivamente a Joaquim Levy. Na mesma entrevista Dilma disse que o ajuste fiscal é "essencial" e que a austeridade não é uma política de Joaquim Levy, titular da Fazenda, mas do governo.
Contrariando as tentativas recentes de Lula em interferir na política econômica Dilma foi bastante clara: "Estamos absolutamente certos de que é essencial colocar em prática as medidas, não importa quão duras elas sejam, para retomar as condições de crescimento", afirmou.
Preocupada em fortalecer sua imagem no exterior, Dilma tentou demonstrar firmeza, ao mesmo tempo em que usou sua condição para posar de vítima, quando atribui críticas ao seu governo e queda na popularidade ao fato de ser mulher.
Sobre a queda na popularidade, Dilma não demonstrou nenhuma preocupação e afirmou que não irá "arrancar os cabelos" ou "perder a paciência". “Eu não tenho qualquer problema em cometer erros. Quando se comete um erro, é necessário mudar.", afirmou, sem parecer se importar que seus erros possam ter custado o emprego de milhões de brasileiros.
Questionada sobre os desvios de dinheiro público na Petrobras em favor de seu partido e de sua campanha, Dilma foi novamente evasiva e repetiu que não sabia dos desvios na companhia quando presidia o conselho de administração. "Você geralmente não vê a corrupção acontecendo. Isso é típico da corrupção, ela fica escondida", disse a presidente.
@muylaerte