Nem mesmo a divulgação do vergonhoso relatório da organização não governamental britânica Global Witness, que aponta o Brasil como o país...
Nem mesmo a divulgação do vergonhoso relatório da organização não governamental britânica Global Witness, que aponta o Brasil como o país onde mais ocorre assassinatos de ativistas que defendem o direito à terra, impediu o PT de tentar promover um dos seus.
Apenas um dia após a divulgação do relatório, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel do PT, usou suas prerrogativas para conceder a mais importante honraria oficial do estado, a Medalha da Inconfidência, a João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Sem Terra (MST)
Stédile e o MST recebem dinheiro do governo federal para defender os interesses do partido, em detrimento dos interesses do homem do campo ou dos verdadeiros defensores da reforma agrária.
O relatório coloca o país numa situação delicada na questão do direito à terra e aponta o Brasil como líder na lista de países com maior número de ativistas que defendem o meio ambiente e o direito à terra assassinados em 2014. A publicação reúne informações de 17 países.
A Global Witness revela ao mundo em seu relatório que apenas em 2014 foram assassinados 29 ativistas no Brasil.
A maioria dos assassinatos estaria relacionada a conflito por posse de terra. Brasil está à frente de países como Colômbia, Filipinas, Honduras, Peru, Guatemala, Tailândia, Paraguai, México, Indonésia, Miamar, Equador, Uganda, Índia, Costa Rica, África do Sul e Camboja.
Diante da insensibilidade do PT e do MST em relação à violência no campo, a organização apela aos governos e à comunidade internacional que investiguem os crimes e punam os culpados. “Os governos nacionais não estão protegendo os direitos dos ambientalistas de crescentes ameaças de projetos de agronegócio, mineração, madeireiras e de hidrelétricas”, regista o texto da Global Witness, indicando os principais problemas enfrentados no Brasil pelos ativistas.
Mesmo diante do constrangimento internacional, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República alega que o governo brasileiro tem atuado em um programa de proteção a defensores de direitos humanos coordenado pelo Estado.
Entretanto, para ingressar no programa, é preciso que haja solicitação formal. Entre as medidas protetivas estão: visitas in loco no ambiente de atuação do defensor, articulação com órgãos envolvidos na solução das ameaças e solicitação às autoridades competentes de proteção policial em casos de grave risco e vulnerabilidade.
Pelo visto, as políticas do governo federal não estão conseguindo poupar a vida daqueles realmente engajados na luta pelo direito à terra. Ao invés de lamentar a morte dos 29 ativistas no Brasil, o PT achou mais conveniente condecorar João Pedro Stédile, o ativista das causas do partido..
@muylaerte