Preso na sétima fase da operação, deflagrada em novembro de 2014, Eduardo Hermelino Leite fez um acordo de delação premiada na Lava Jato....
Preso na sétima fase da operação, deflagrada em novembro de 2014, Eduardo Hermelino Leite fez um acordo de delação premiada na Lava Jato.
Leite, que foi solto após a Justiça homologar o acordo de delação premiada que ele firmou com as autoridades, admitiu em depoimento ao Ministério Público Federal que a empresa pagou R$ 110 milhões em propinas para abastecer o esquema de corrupção comandado pelo PT.
Em seu depoimento, Leite afirma que do total de propinas, R$ 63 milhões foram destinados para a área de Serviços da Petrobras, comandada à época por Renato Duque e Pedro Barusco.
Já na Diretoria de Abastecimento, que era comandada por Paulo Roberto Costa, foram pagos outros R$ 47 milhões. Segundo Leite, a quantia foi desviada de várias obras da Petrobras.
Leite esclareceu que o dinheiro para a propina vinha da própria Petrobras, mas não do superfaturamento imediato das obras, no momento da licitação. Ele explicou que o valor era inserido ao final das construções, como um custo extra da Camargo Corrêa, que entrava em contratos aditivos.
Em seu depoimento, Eduardo Hermelino Leite afirmou que o presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, tinha conhecimento de todo o processo. Avancini foi detido junto com Leite e também firmou um acordo de delação premiada e responde o processo em liberdade.