Para vencer as últimas eleições, a presidente Dilma negou a necessidade de ajuste fiscal para equilibrar as contas, rechaçou qualquer m...
Para vencer as últimas eleições, a presidente Dilma negou a
necessidade de ajuste fiscal para equilibrar as contas, rechaçou qualquer
mudança nas leis trabalhistas e garantiu que o país iria “bombar” em 2015.
Prometeu que manteria os níveis de emprego, negou solenemente o reajuste de
tarifas e criticou duramente os "pessimistas" de plantão.
Esta semana, o ex-presidente Lula desmentiu Dilma publicamente. Sem
a menor cerimônia, Lula disparou:
“Nós ganhamos as eleições com um discurso e, depois das eleições,
nós tivemos que mudar o nosso discurso e fazer aquilo que a gente dizia que não
ia fazer. Esse é um fato, esse é um fato conhecido de 204 milhões de habitantes
e é um fato conhecido da nossa querida presidenta Dilma Rousseff”, Lembrou Lula
durante reunião do diretório nacional do PT, em Brasília.
Confira algumas promessas de Dilma disse no ano passado e o que aconteceu
em 2015.
O ajuste fiscal antes das eleições
Em entrevista concedida em setembro de 2014, Dilma disse que
medidas de austeridade, como cortes de gastos e investimentos, não resolvem
crise econômica.
O ajuste fiscal após vencer as eleições
O governo não consegue encontrar uma forma de conter o rombo de
mais de R$ 100 bilhões no Orçamento de 2016. Encurralada, Dilma anunciou um
pacote de ajuste fiscal que inclui a recriação da CPMF, aumento de impostos,
suspensão de concursos, corte de ministérios e de investimentos em programas
sociais e de infraestrutura, entre os quais o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
Os programas sociais antes das eleições
Dilma garantiu que para equilibrar as contas públicas, não era
preciso cortar programas sociais nem fazer “choque fiscal”. “Nós não
acreditamos em choque fiscal. Isso é uma forma incorreta de tratar a questão
fiscal no Brasil. Vai fazer choque fiscal, vai cortar o quê? Vai cortar
programa social? Vai cortar Bolsa Família? Vai cortar subsídio do Minha Casa,
Minha Vida como estão dizendo? Vão fazer o quê? Choque fiscal é o quê? É um
baita ajuste que se corta para pagar juros para os bancos? Não é necessário”.
Os programas sociais após as eleições
Além das previsões de cortes nos recursos do Bolsa Família, as
medidas de ajuste fiscal proposto por Dilma em setembro de 2015, está um corte
de R$ 4,8 bilhões do Minha Casa, Minha Vida, de outros R$ 3,8 bilhões no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado à infraestrutura, e de
mais R$ 3,8 bilhões em gastos na área da saúde. O governo também reduziu quase
pela metade as vagas prometidas para o Pronatec, programa que oferece cursos
técnicos gratuitos. Na prática, fez um baita ajuste para pagar juros para os
bancos.
Os direitos trabalhistas antes das eleições
Em setembro de 2014, Dilma afirmou que não “mexeria” em direitos
trabalhistas “nem que a vaca tussa”. “Outro dia, perguntaram para mim: ‘A
senhora vai mexer no direito dos trabalhadores? Porque tem candidato por aí
dizendo que vai mexer’. Ai, eu respondi: Nem que a vaca tussa. Da mesma forma,
é para os portuários de Santos”.
Os direitos trabalhistas após as eleições
Dilma editou duas medidas provisórias que restringiram o acesso de
trabalhadores a direitos trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego,
abono salarial e pensão por morte. Dilma também enviou ao Congresso MP que
permite às empresas reduzir a jornada de trabalho dos funcionários, com a
respectiva redução dos salários. As propostas foram aprovadas pelo Legislativo.
Elevação das tarifas antes das eleições
Dilma negou veementemente que haveria um “tarifaço”, em referência
à expectativa de elevações dos preços da energia e gasolina. “Há hoje, de forma
deliberada, há um processo de criação de expectativas negativas extremamente
nocivas para o país, como fizeram na Copa […] Agora inventaram que vai ter
tarifaço. Falam que vai ter um tarifaço porque as térmicas foram acionadas. Não
vai ter, não. É outra coisa que não vai ter”, afirmou Dilma em 31 de julho do
ano passado,
Elevação das tarifas após as eleições
Banco Central estimou que o preço da energia elétrica no país vai
subir 51,7% em 2015. Em setembro, a Petrobras anunciou aumento de 6% na
gasolina e 4%, no diesel. Em agosto, houve aumento do preço do gás de cozinha.
As informações constam da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada
27/10.
A inflação antes das eleições
Dilma disse em setembro de 2014 que iria alcançar o centro da meta de
4,5% de inflação nos próximos anos: “A
meta é 4,5%, mas dois para cima e menos dois para baixo. O centro da meta é
4,5%. Eu, a minha preocupação é sempre mirar no centro da meta e caminhar para
que cada vez mais prossigamos para colocar a inflação o mais baixo possível”.
A inflação após as eleições
A prévia da inflação oficial acumula alta de 8,49% neste ano. O
pior resultado da série histórica da pesquisa, considerando o período de
janeiro a outubro, desde 2003. Para 2015, a expectativa é de que o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano na melhor das hipóteses em 9,75%,
o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002
O desemprego antes das eleições
No mês da eleição, Dilma disse que havia um “uso eleitoral” de
dados negativos envolvendo o governo federal: “temos dados extremamente
favoráveis. Nós somos o país com a menor taxa de desemprego. É óbvio que se tem
uso eleitoral dos processos de flutuação. Agora uma coisa é interessante,
quando é pra cima, ninguém anuncia muito não”.
O desemprego após as eleições
Cerca de 2 milhões de postos de trabalho foram pulverizados pela
crise do corrupção que abalou o país. O resultado de setembro foi o pior para
este mês desde o início da série histórica, em 1992. Até então, o pior
resultado para meses de setembro havia sido registrado em 1995 – com 67.242
postos de trabalho fechados.
O crescimento econômico antes das eleições
Dilma afirmou que 2015 não seria ano de ajustes e garantiu que o
Brasil iria “bombar”. “Dizer que o Brasil vai explodir em 2015 é ridículo. Me
desculpe. O Brasil não vai explodir em 2015. O Brasil vai é bombar em 2015″.
O crescimento econômico após as eleições
O Tesouro Nacional já admite que o rombo no orçamento deste ano possa
chegar a R$ 117,9 bilhões, se forem contabilizadas as “pedaladas fiscais”
realizadas em 2014, que consistiram no atraso de transferências aos bancos
públicos para pagamento de programas sociais. A previsão mais recente do
mercado para a variação do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas
produzidas pelo país, é de uma retração de 3,02%.
Ao contemplar este retrospecto de mentiras, é possível deduzir que
Dilma não se dirigia aos “pessimistas” que, àquela altura, já haviam detectado
sua falta de capacidade em administrar o país. Dilma se dirigia aos trouxas que
acreditaram que O Brasil iria bombar em
2015.
A Realidade é que Dilma está desorientada com a crise galopante e o
que está “bombando” no brasil é a inflação, o desemprego, os aumentos de
tarifas, a violação dos direitos trabalhistas, as falências, os cortes na
educação, na saúde e até mesmo nos programas sociais.
Já a corrupção que impera nos governos do PT desde 2003, conforme
ficou comprovado pelas investigações da Operação Lava Jato, no governo Dilma
2015, a roubalheira está “bombando” mais que nunca.
@muylaerte