Marina Silva, aquela que se autoproclamou porta voz das questões ambientais e fundadora do partido Rede Sustentabilidade mantém o mais ...
Marina Silva, aquela que se autoproclamou porta voz das questões ambientais e fundadora do partido Rede Sustentabilidade mantém o mais absoluto silêncio sobre a tragédia humana e a maior tragédia ambiental no país.
Marina sumiu desde o rompimento da barragem de Fundão, na unidade industrial de Germano, entre os distritos de Mariana e Ouro Preto, a cerca de 100 km de Belo Horizonte.
Marina Silva, tida como linha auxiliar do PT, demorou 8 dias para divulgar um pronunciamento tímido sobre o acidente que provocou uma onda de lama que devastou distritos próximos, atingiu o Rio doce, afetando milhões de pessoas e causou a morte de pelo menos 13 pessoas.
Desde então, o silêncio da ex-senadora tem sido tão constrangedor, que o ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro fez um apelo para que Marina Silva se manifeste a respeito do desastre ocorrido na barragem da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP.
"Dois anos atrás, cobrei Marina Silva por não tomar uma posição pública e forte sobre as manifestações de rua. Volto a reclamar de seu silêncio, agora, no caso da catástrofe de Mariana. Marina Silva é a mais importante política verde do País. O que acontece em Minas é o colapso do extrativismo irresponsável. Quem mais deveria, agora, alertar para isso e propor alternativas consistentes - repito, consistentes - para essa política de alienação dos minérios que vem desde o ciclo do Ouro, no período colonial, é ela e a Rede. Aguardo posições, propostas, projetos", clamou Renato Janine.
Se tantos dias após a tragédia, Marina Silva não teve a dignidade de se manifestar de forma mais veemente, seria melhor que permanecesse calada sobre o assunto.
@muylaerte