As notícias sobre a ação de busca e apreensão da Polícia Federal em três empresas do filho de Lula, Luis Claudio Lula da Silva, caíra...
As notícias sobre a ação de busca e apreensão da Polícia Federal em três
empresas do filho de Lula, Luis Claudio Lula da Silva, caíram como bombas nos redutos petistas em todo o
país.
Membros do governo avaliam que, ao atingir o filho, a polícia
“simbolicamente entrou na casa de Lula” no caso da investigação do Carf. Os
governistas temem que esta ação crie um precedente mais grave ainda,
encorajando os investigadores da Lava Jato a perderem o “constrangimento” de
avançar sobre outros familiares do ex-presidente.
O episódio estremeceu profundamente a relação entre Lula e Dilma. O
ex-presidente agora quer a cabeça do ministro da justiça, José Eduardo Cardozo.
Lula nunca escondeu seu desejo de colocar seu escudeiro Wadih Damous no
ministério.
Além do cancelamento de uma série de ações em comemoração ao aniversário
de 70 anos do ex-presidente, o Instituto Lula ainda não encontrou o tom
adequado para rebater a operação da Polícia Federal nas empresas do filho do
ex-presidente. Nos corredores do instituto, o rompimento com o governo deixou
de ser um assunto proibido.
Embora muitos não queiram admitir, o temor de sair em defesa do filho de
Lula é compartilhado por praticamente todos os membros do PT. Ninguém conseguiu explicar que tipo de serviço uma pequena empresa de marketing esportivo prestaria para um escritório de lobistas no valor de R$ 2.4 milhões.
"Se expor para defender prematuramente alguém que pode ser preso é um riso político muito alto", avalia um membro do PT. Nem mesmo o
ex-presidente foi capaz de emitir uma nota de repúdio à ação da PF ou de
assegurar a inocência do filho.
@muylaerte