A presidente Dilma Rousseff passou por uma série de inconvenientes durante sua mais recente viagem internacional. Em sua passagem pela ...
A presidente Dilma Rousseff passou por uma série de inconvenientes
durante sua mais recente viagem internacional. Em sua passagem pela Suécia,
Dilma visitou nesta segunda-feira (19) a sede da Saab, empresa fabricante dos
caças Gripen, comprados pelo Brasil.
Jornalistas presentes queriam saber se em meio à crise política e
econômica, o Brasil vai honrar o pagamento dos 36 aviões. Em pelo menos três
momentos distintos da viagem, o questionamento veio à tona.
Na manhã de segunda-feira, após um encontro com o primeiro-ministro da
Suécia, Stefan Löfven, uma jornalista sueca perguntou a Dilma se a eventual
abertura de um processo de impeachment contra ela no Congresso colocaria em
risco a compra dos caças.
Em seguida, outra repórter, também da imprensa local, questionou a
presidente sobre se a turbulência econômica compromete o pagamento das aeronaves
ou se ela veio ao país pedir um arrego. Uma outra jornalista foi mais direta e
perguntou sobre o risco de calote nas aeronaves.
Da Suécia, Dilma seguiu para a Finlândia, onde se tornou novamente alvo
de piadas na imprensa local. Os jornalistas comentavam em tom irônico que o presidente Sauli
Niinistö ganharia imediatamente a simpatia de Dilma",
A afinidade entre os dois seria por uma questão de coincidência: ambos
tem suspeita de uso de dinheiro de fontes irregulares em suas campanhas. Assim como seu colega finlandês, a notícia de uso de dinheiro roubado da Petrobras na campanha de Dilma ganhou destaque na imprensa local.
O escândalo envolvendo o presidente finlandês dominou o noticiário local
desta terça-feira após a revelação de novas denúncias contra ele no principal
programa de TV do país, exibido na noite de segunda-feira.
A campanha de Niinistö é acusada de ter se beneficiado de doações não
identificadas de empresários durante a corrida presidencial de 2006. O esquema
teria voltado a acontecer nas eleições parlamentares do ano seguinte,
abastecendo as campanhas dos principais partidos de centro-direita da
Finlândia, inclusive o de Niinistö, o Partido de Coalizão Nacional.
Os constrangimentos acompanharam a presidente até mesmo no aeroporto,
quando chegou a ser vaiada por um grupo de brasileiros. Após o fiasco perante a
imprensa e a opinião pública européia, Dilma retornou ao Brasil na manha desta
quarta-feria.
@muylaerte