O chefe de gabinete do ministro Edinho Silva, Manoel Araújo Sobrinho, confirmou hoje, 30/10, em depoimento à Polícia Federal que inter...
O chefe de gabinete do ministro
Edinho Silva, Manoel Araújo Sobrinho, confirmou hoje, 30/10, em depoimento à Polícia
Federal que intermediou a negociação de recursos para a campanha de Dilma
Rousseff em 2014. Para a PF, a operação serviu para mascarar a transferência de dinheiro da Petrobras como doação para Dilma.
O
depoimento confirma as informações do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa,
que informou à Polícia Federal ter sido pressionado a doar R$
10 milhões à campanha de Dilma como forma de assegurar negócios
de sua empresa com a Petrobras.
Manoel
Araújo Sobrinho confirmou que se encontrou com o executivo da UTC, Walmir
Pinheiro em um restaurante em São Paulo para combinar detalhes sobre a
transferência dos valores para o comitê de campanha. Walmir Pinheiro foi preso com Pessoa em 14 de
novembro de 2014, alvo da 7ª fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final.
Segundo
Araújo, o acerto de valores era responsabilidade do chefe da Secretaria de
Comunicação Social do governo Dilma, Edinho Silva. O chefe de
gabinete de Edinho Silva também confirmou ter conversado com o dono da UTC,
Ricardo Pessoa.
O
depoimento de Araújo confirma uma série de informações interceptadas pela
Polícia Federal. No material anexado aos
autos da Operação Lava Jato, Mensagens
enviadas por celular pelo dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e um
executivo do grupo, no final de julho de 2014, sugerem que as doações da
empreiteira para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff estavam
relacionadas ao recebimento de valores dos contratos que ele detém na
Petrobras.
Em um dos trechos do material analisado pela PF, um subordinado de Pessoa na UTC sugere que repasses da empreiteira à campanha eleitoral do PT foram "resgatados" de dinheiro desviado da Petrobras.
@muylaerte