O empreiteiro Ricardo Pessoa afirmou em sua delação ter se encontrado sete vezes com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ter en...
O empreiteiro Ricardo
Pessoa afirmou em sua delação ter se encontrado sete vezes com o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e ter entregue R$ 2,4 milhões em dinheiro vivo para a
campanha do petista em 2006.
Pessoa
disse aos procuradores do Ministério Público que levava pessoalmente os pacotes de dinheiro para o comitê da campanha
do ex-presidente.
Ricardo Pessoa é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e apontado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal como o presidente do 'clube vip' das empreiteiras que se apossaram de contratos bilionários da Petrobrás entre 2004 e 2014.
O empreiteiro foi preso em novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que derrubou o braço empresarial do esquema de propinas na estatal.
Delação
O acordo de colaboração de Ricardo Pessoa com a Procuradoria-Geral foi selado seis meses após sua prisão. Ele apontou pelo menos 18 políticos com foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) que teriam recebido propinas.
Os implicados pelo delator recebiam doações legais e também repasses ilegais "para abrir portas" no Congresso.
Entre os recebedores de
propina citados por Pessoa estão:
-
Campanha de Dilma Rousseff em 2014: R$ 7,5 milhões.
- Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
- Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
- Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
- Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
- Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
- Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
- Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
- Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
- Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
- Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
- Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
- Deputado Júlio Delgado (PSB-MG): R$ 150 mil.
- Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
- Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
- Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
- Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
- Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.
- Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
- Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
- Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
- Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
- Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
- Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
- Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
- Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
- Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
- Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
- Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
- Deputado Júlio Delgado (PSB-MG): R$ 150 mil.
- Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
- Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
- Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
- Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
- Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.
Em depoimento nesta terça, Ricardo
Pessoa confirmou ao juiz Sergio Moro que ele pagava propina desviada de contratos da Petrobras
diretamente na conta do Partido dos Trabalhadores. Os depósitos de dinheiro
sujo foram encomendados pelo ex-diretor de Serviços da estatal Renato
Duque e repassados ao então tesoureiro da legenda João Vaccari Neto.
As
revelações de Ricardo Pessoa ao juiz Moro foram dadas na ação penal em que são
réus executivos da construtora Odebrecht, entre os quais o presidente do grupo,
Marcelo Odebrecht.
@muylaerte