O governo Dilma terá que promover uma verdadeira "Black Friday" para conseguir vender cerca de R$ 200 bilhões em ativos para...
O governo Dilma terá que promover uma verdadeira "Black Friday" para conseguir vender cerca de R$ 200 bilhões em ativos para cobrir rombo da dívida pública. Segundo o jornal britânico Financial Times, Dilma tomou uma série de medidas equivocadas em seu segundo mandato para conter a crise econômica desencadeada também por incompetência administrativa durante o primeiro mandato.
Segundo os economistas Vilma da Conceição Pinto e Lívio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), as estimativas são de que o governo teria de gerar receitas não recorrentes - basicamente com a venda de ativos de mais de R$ 200 bilhões em 2016 e 2017 para alcançar a projeção da dívida bruta anunciada na quarta-feira.
Uma venda de ativos desse porte provavelmente exigiria um robusto programa de privatização combinado com uma maciça venda de reservas internacionais. Já estão bastante avançados os estudos sobre o fatiamento da Caixa Econômica Federal e da Petrobras. Alguns anúncios inclusive já foram feitos sobre a venda de ativos das duas estatais. Um verdadeiro Magazine Dilma.
Funcionários da Petrobrás, que votaram em peso em Dilma Rousseff, protestaram hoje em todo o país contra a venda de ativos da estatal. Os manifestantes são contra a demissão de terceirizados e o novo Plano de Negócios da Petrobras, que prevê cortes de US$ 89 bilhões nos investimentos e despesas.. Além disso, questionam a venda de ativos da estatal, que pode reduzir em R$ 57 bilhões o patrimônio.
Boa parte do rombo que o governo tenta cobrir com a venda de ativos da Petrobras é decorrente justamente dos desvios promovidos pelo PT na estatal, com o esquema do Petrolão. Revoltados, os funcionários da Petrobras fazem paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (24) em pelo menos dez estados. A mobilização é um recado e acontece no mesmo dia da reunião do Conselho de Administração na sede da Petrobras, que decide o que será vendido por enquanto.
@muylaerte