Em setembro de 2013, quando vazaram as primeiras informações de que os EUA foram acusados de espionar o governo brasileiro, a economia do...
Em setembro de 2013, quando vazaram as primeiras informações de que os EUA foram acusados de espionar o governo brasileiro, a economia do país e a popularidade de Dilma apresentavam números menos trágicos que os dos dias de hoje. Na ocasião, Dilma se demonstrou indignada com as acusações de que ela e a Petrobras foram alvo de espionagem pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).
Em represália, Dilma cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos, à convite de Barack Obama, marcada para o dia 23 de outubro daquele ano. Dilma explorou o incidente diplomático à exaustão, criticando a política americana de inteligência inclusive na assembleia da ONU.
Em sua fala na Assembleia Geral da ONU , Dilma destacou: "Estamos diante de um caso grave de violação de direitos humanos e civis, de desrespeito à soberania nacional de meu país" Meu governo fará tudo o que estiver a seu alcance para defender os direitos humanos de todos os brasileiros e de todos os cidadãos do mundo e os frutos da engenhosidade dos trabalhadores e das empresas brasileiras."
Na época, mesmo sem saber da missa a metade, a presidente afirmou que a espionagem "fere o direito internacional" e "afronta princípios" que regem relações entre nações amigas. E também que o caso causou "repúdio e indignação" no mundo e ainda mais no Brasil - "alvo da intrusão".
Mesmo cientes de que a espionagem é um mecanismos amplamente utilizados pelo Estado, inclusive no Brasil, os políticos aliados e simpatizantes do governo ficaram extasiados com a reação contundente de Dilma. A esquerda tentou aflorar o sentimento anti imperialista típico dos comunistas e socialistas durante o auge da guerra fria.
Agora, diante das dificuldades econômicas em que o Brasil se encontra, Dilma, agora mais vulnerável, se viu obrigada a ir buscar socorro nos EUA e a engolir muitas coisas. Durante sua estadia no país, foram revelados fatos ainda mais graves sobre o incidente da espionagem americana. Informações secretas obtidas pelo WikiLeaks revelam que até mesmo o celular do assistente da presidenta, Anderson Dornelles, responsável por cuidar das ligações pessoais de Dilma, também estava na mira da NSA. Nem o avião presidencial escapou da bisbilhotagem norte-americana.
Foi revelado que, para monitorar a chefe do executivo brasileiro, a NSA selecionou nada menos que 10 telefones diretamente ligados a Dilma. São telefones fixos de escritórios, como aquele usado pelo comitê de campanha em 2010 no Lago Sul de Brasília, celulares marcados como “relações de Dilma” (“liaison”, em inglês) e a linha fixa do Palácio do Planalto. Uma lista mostra que EUA grampearam 29 telefones do governo brasileiro
Mesmo diante de revelações tão 'embaraçosas', Dilma evitou o assunto, em nome de alguns trocados americanos.
@muyçaerte