A decisão do governo federal de reduzir a alíquota de PIS e Cofins na compra de produtos químicos beneficiou de forma direta empresas d...
A decisão do governo federal de reduzir a alíquota de PIS e Cofins na compra de produtos químicos beneficiou de forma direta empresas do setor. Nenhuma delas, porém, foi tão beneficiada quanto a Braskem, empresa controlada pelo grupo Odebrecht. No mesmo dia do anúncio da redução das alíquotas, a ação preferencial da Braskem disparou 8,10 %.
Dilma sancionou a Medida Provisoria em setembro de 2013 (confira aqui)
"Ao reduzir a alíquota de produtos como nafta petroquímica de 9,25% para 1%, e manter o direito de um crédito tributário sobre 9,25%, o governo proporcionará um ganho direto de R$ 600 milhões à Braskem em 2013 - valor que pode subir para R$ 900 milhões no ano que vem", segundo avaliou há época o presidente da petroquímica, Carlos Fadigas.
Na ocasião, o benefício veio em boa hora, já que a empresa havia encerrado 2012 com prejuízo de R$ 738 milhões.
Segundo dois delatores da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, a Braskem pagou propina para ser beneficiada no contrato com a Petrobras.
Em 2009, a Braskem assinou um contrato com a Petrobras para comprar nafta. Porém, o negócio virou alvo de investigação em março deste ano. Nafta é um produto essencial para fazer plástico, e é a Petrobras que vende nafta no Brasil.
Uma comissão interna da Petrobras foi criada para estudar o contrato e concluiu que a estatal foi prejudicada porque a Braskem acabou pagando um valor abaixo do preço de mercado.
O Jornalista Claudio Tognolli foi o primeiro à levantar suspeitas sobre o favorecimento do governo Dilma à empresa do grupo Odebrecht. Em artigo publicado no Estadão na época, é possível comprovar o entusiasmo do presidente da petroquímica, Carlos Fadigas.
@muylaerte